A Enfermagem é uma profissão "única". Penso que nisto todos estamos de acordo.
Realizamos intervenções decididas por nós, intervenções decididas por outros, intervenções que deviam ser decididas por outros mas são decididas por nós e intervenções que deviam ser decididas por nós mas são decididas por outros. Quem as faz é sempre o enfermeiro e poucas vezes recebe o mérito pelo ato.
Quem não conhece a profissão não vê mais do que meia dúzia de injeções durante o turno ou umas quantas fraldas mudadas. Quem conhece vê tanto que nem sabe como começar a descrever o que vê. Não é fácil atribui valor a uma profissão que não se sabe descrever com rigor, nem é fácil "vender" serviços centrados na promoção da saúde (o mercado existe para a resolução de problemas e o resto fica para segundo plano).
Começamos a trabalhar com a pessoa antes até de ela nascer ou ser concebida, continuamos ao nascimento, adolescência, idade adulta, "terceira idade", e mesmo depois do falecimento continuamos a cuidar, sempre na saúde e na doença, sem mãos a medir para tanto que pode ser feito.
Mas em que trabalham então os enfermeiros para poderem decidir "autonomamente" sobre algum assunto? Quem diz que o enfermeiro faz o que o médico manda tem razão? Ou será mais verdade quem o enfermeiro tem a sua intervenção com o utente, independentemente da origem das necessidades deste?
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